Inteligência artificial se torna grande aliada no combate ao coronavírus
Estabelecimentos comerciais, aeroportos e hospitais tem se beneficiado da tecnologia para continuar suas operações
A pandemia do novo coronavírus tem causado inúmeros problemas e enormes desafios para toda sociedade. O uso de tecnologias baseadas em vídeos analíticos e câmeras térmicas tem sido crucial para auxiliar as ações contra o avanço da doença e a continuidade das operações em diversos setores da economia.
Nos últimos meses a demanda por vídeos analíticos teve um crescimento expressivo, sendo que no primeiro momento as buscas se concentraram em soluções de reconhecimento facial, com objetivo de eliminar a necessidade de contato com os leitores e, logo depois, os principais fabricantes começaram a disponibilizar no mercado algoritmos para detecção de máscara e aglomeração. Mais recentemente as câmeras térmicas ganharam destaque pela capacidade de detectar simultaneamente a temperatura de várias pessoas, direcionando a aferição mais precisa apenas para indivíduos que apresentarem temperatura elevada.
Essas tecnologias potencializam consideravelmente a detecção precoce de comportamentos de risco, tornando os ambientes mais seguros para seus frequentadores, além de agilizar os processos de triagem que foram implantados pelas autoridades.
“O surgimento desses analíticos de vídeos só foi possível a partir da evolução dos algoritmos de visão computacional e inteligência artificial que permitiram um aprendizado constante e, por consequência, o aprimoramento dos índices de detecção, ou seja, com o passar do tempo o software aprende que as máscaras possuem tamanhos, formatos, texturas e cores diferentes e a partir desse aprendizado profundo, consegue inclusive saber se a máscara está sendo utilizada corretamente ou apenas pendurada no pescoço”, afirma o diretor da Ausec, Wagner Figueiredo.
Segundo Figueiredo, essas tecnologias podem ser uma importante aliada para manter o distanciamento social e controlar a quantidade de pessoas que acessam um determinado estabelecimento, exigências essas previstas nos decretos publicados em diversos municípios do país, que definem o limite máximo de pessoas por metro quadrado para evitar aglomerações.
RISCOS
Na expectativa de aproveitar o aumento da demanda por essas tecnologias, muitos fabricantes têm lançado prematuramente produtos que não entregam o resultado prometido e colocando em risco a saúde das pessoas e a credibilidade dos estabelecimentos que tem investido para atender as novas exigências. Também temos observado o surgimento de produtos que não possibilitam incorporá-los dentro de uma solução, ou seja, superada a fase aguda da pandemia e posteriormente a erradicação do vírus a partir de uma vacina, tais dispositivos não poderão ser utilizados, diferentemente de equipamentos com arquitetura aberta que serão incorporados aos sistemas de CFTV já implantados.
Portanto, é recomendado que se procure o maior número de informações disponíveis no mercado sobre a solução que se pretende adquirir para não perder o investimento realizado. A Ausec, que é referência no mercado corporativo tem apresentado soluções que atendem essas demandas a partir do uso de tecnologias submetidas a rigorosos testes de desempenho.
“Com a utilização desses algoritmos, o monitoramento pode ser feito por apenas uma pessoa, já que a própria tecnologia indica para o operador quando é detectado algo fora dos parâmetros recomendados. Precisamos trabalhar para minimizar os impactos da pandemia e evitar maiores prejuízos econômicos para os diversos setores que estão sofrendo os efeitos dessa crise sem precedente”, conclui Wagner Figueiredo.
Pandemia e segunda onda
Detectar a temperatura e se as pessoas estão usando máscaras faciais não é uma resposta a curto prazo. Países como a China, que já tinham apresentado estabilização de casos estão vendo surgir uma segunda onda de infecções. Os Estados Unidos e os países europeus também já estão se preparando para a essa nova fase e no Brasil não deverá ser diferente.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge e de Greenwich divulgaram no início de junho um estudo mostrando que a recomendação do isolamento social e o uso massivo de máscaras pela população em ambientes públicos serão fundamentais para que a curva da doença não cresça novamente.
Até o surgimento de uma vacina comprovadamente eficaz e disponível em quantidade para todos os países que só surgirá provavelmente a partir do próximo ano, a população precisará continuar adotando todas as medidas de prevenção.