Estratégias da Internet das Coisas (IoT) propõem soluções para agronegócio de MT

Que o emprego de tecnologia para ampliar a produção agropecuária no mundo é um caminho sem volta não se tem mais dúvida. A questão agora é fazer uso da conectividade para obter cada vez mais informações que aumentem a produtividade. No momento da 4ª Revolução Industrial, a utilização da “Internet das Coisas” (Internet of Things -IoT) será a estratégia adotada pela agricultura e pecuária para garantir o incremento necessário na produção, visando ao crescimento da população mundial para cerca de 9,3 bilhões de pessoas até 2050, conforme previsão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

 

 

Identificar os problemas do agronegócio para encontrar soluções a partir da conectividade é um dos primeiros passos que devem ser adotados por empresas que propõem as estratégias de IoT nesse setor. “Será que é preciso aplicar defensivos agrícolas em todos os talhões da lavoura? Isso pode ser medido por sensores que aferem se realmente é necessário. Onde de fato está seco? É preciso irrigar todo o solo ou somente a parte que absorve menos umidade? Ou seja, essas informações podem ser enviadas em rede para buscar mais eficiência, podutividade e redução de custos”, comenta a idealizadora da maior comunidade sobre IoT no Brasil, a “Tudo sobre IoT”, Thelma Troise.

 

Recente estudo realizado pelo Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), por meio do programa Conexão AgriHub, aponta os problemas “top of mind” enfrentados pelo setor do agro no Estado, pesquisados in loco nas propriedades. O 1º deles é justamente a falta de compartilhamento de informação, seguido da falta de automatização da coleta de informação e da falta de segurança nas fazendas.

 

O compilado chama-se “Onde estão as grandes oportunidades do agro? -Uma visão de dentro da porteira”, datado de abril de 2018, dos pesquisadores Daniel Latorraca, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), e Fábio Silva, consultor do Conexão AgriHub. O resultado vem ao encontro da proposta trazida pelo IoT. “Com a coleta de informações para a formação de uma base de dados é possível conhecer a realidade da região, de forma a se conseguir automatizar processos, o que necessariamente vai trazer mais eficácia e menos custo através da Internet das Coisas”, reforça a especialista em IoT.

 

A gestão do negócio a partir de uma oferta de soluções que atendam às necessidades do produtor rural é onde o IoT se consolida como uma eficiente tecnologia de grandes resultados. O diretor presidente da empresa Ausec, Wagner Figueiredo, conta recente experiência em uma fazenda produtora de algodão, na qual o agricultor não sabia onde estavam seus equipamentos, consumo e produtividade de cada um deles.

 

“Já pensou se as máquinas estivessem equipadas com uma série de sensores que informariam eventuais anomalias no funcionamento dos equipamentos ou eventualmente o uso não recomendado pelo fabricante, enfim, estariam gerando informações que vão impactar em sua utilização antes que provoquem consideráveis prejuízos”.

 

Sensores na propriedade que tragam informações, tais como de umidade do solo, vento, medição dos nutrientes, entre outras diversas situações que possam existir, e alertas que possam ser parametrizados permitindo ao produtor ter a gestão total do negócio, em tempo real, no computador, tablet ou smartfone, fazem parte das soluções propostas pelo IoT.

   
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